quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Não escolhi, de repente morri 

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei da onde tiraram esta ideia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam para nada, mas se manteve lá. Fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. De uma hora pra outra tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é? Morrer é um clichê. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal e penduradas algumas contas também. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu! Que pegadinha macabra. Você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue à próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça!
O ideal romântico de querer ser tudo na vida de uma pessoa ainda persiste. Meio capenga, mas persiste. Por mais que os costumes mudem, por mais que nos demos conta de que nenhum ser satisfaz a totalidade de nossos desejos, carregamos a secreta fantasia de sermos os beneficiários de um amor ideal. Que não existe. E quando imaginamos que ele existe, que peso! Pense na escravidão de ter que atender à tamanha expectativa. Eu continuo preferindo os amores mansos, esses que se fazem dentro de uma ordem que podemos até considerar banal, mas que, quando perpassados pelo tempo, carregam uma madureza com a qual nenhum arroubo de paixão pode rivalizar. Ser tudo para alguém equivale a abdicar da própria individualidade. A ver na solidão redentora uma espécie de traição para com o ser amado. Estar sempre junto, deslocando-se de si em busca de uma fusão irreal com um outro que não poderemos apreender nunca. Que os deuses me livrem de um amor tão sufocante, feito mais de ciúme e vigilância do que de platitudes e suavidades. Eu o quero bem pequeno, quase anônimo, mas que me permita antever o porto, o descanso das minhas fragilidades. Amor imperfeito, desses que não dariam jamais um enredo de romance. Mas que, em sua modéstia, saiba ancorar o diálogo, a dor e a alegria. E o insondável mistério do mundo que desaparece quando, ávidos, nos atiramos em busca de um amor total. Eu me sinto incomodado diante desses casais que não sabem partilhar seus dias com amigos, com desconhecidos. Que não sabem incluir nesse querer algumas doses de perigo, de instabilidade. Porque não há segurança alguma, não há data de calendário que determine por quanto tempo seremos merecedores das benesses afetivas de esposas, maridos ou namorados. Lembro do amigo de longa data que me olhava, sofrendo, e sofrendo me disse: “Ela se apaixonou por outro depois de vinte e três anos de casamento. Nós éramos como irmãos, pensei que nosso sangue já fosse de um único tipo.” Como não sentir medo de entregar os melhores anos de nossas vidas a uma só pessoa? Quando ela vai embora, o que é que fica? Uma dor (quando não uma raiva) tão grande que muitas vezes se transforma em doença física. Existirá alguém tão fascinante que mereça tal doação? Espero nunca encontrar, mas ir seguindo assim, com passos um pouco hesitantes, sem saber com quem vou me deparar um pouco além da esquina. Parece que a melhor receita de felicidade conjugal continua sendo essa: você, o outro e a dúvida. Como, igualmente, a melhor maneira para prender alguém ao nosso lado é deixando-o livre. Isso sim é atemporal e não obedece a códigos sociais ou aos preconceitos que compramos em cada época. Ficar junto por amor, mas com a consciência de que o caminho mais fácil de destruir isso é sendo tudo para quem resolveu nos escolher como membro único de uma confraria que nem sempre se traduz em felicidade. Como tudo o mais, a sabedoria está na reserva, na contenção, naquilo que é, mas não é com certeza absoluta. Não tenho vontade de aprender as regras de um jogo diferente, até porque dá muito trabalho e o meu policial interno já recebeu demissão sumária há muito tempo. Quero ser surpreendido com rações diárias de um amor que se interessa em habitar outras casas, mas que queira voltar espontaneamente para mim.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos. Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. A causa? O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas... o outro já sabe! Falta magia. Falta o inesperado. O fato de não se ter mais nada a conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer. Muitas pessoas se acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes não têm nada a ver com relacionamentos. Outras procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e desejos infindos. Não é possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido. Se você ama alguém, desperte o amor que dorme! Vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume... Não permita que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida. Reconquiste! Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas... sabe de uma coisa? Vale a pena! Vale muito a pena!

segunda-feira, 1 de abril de 2013


É, eu sei que eu vacilei feio contigo, eu errei ! Mas eu me arrependo:’( eu cometo erros, sou humana infelizmente não sou perfeita, mas me desculpe se te fiz desacreditar de mim, esse é o meu grande defeito, eu ajo sem pensar, e sem querer acabei te magoando. Eu não fiz de propósito, eu não queria que fosse desse jeito :/ Eu sei que você não confia mais em mim, nem ao menos se importa mais comigo, mas saiba, eu penso em você TODAS as noites, lembro do que eu fiz, e fico mal, muito mal ! Talvez eu nunca tinha me sentido assim por causa de uma pessoa, você sabe, eu sou fria, mas é que você faz falta, MUITA falta :’( eu aprendi com tudo isso, aprendi a dar valor a quem realmente me da valor, ganhei experiência e to aqui te pedindo desculpas, talvez você não me perdoe, mas ai eu já vou ter feito minha parte e não me arrependerei depois, mas talvez não, talvez a gente volte a conversar e sim eu me tornarei a pessoa mais feliz do mundo ! eu sei que vai ser difícil você esquecer tudo que eu fiz, se pá você nem esqueça por que eu sei que é dificil, mas me perdoa, você é muito importante pra mim, não estou te pedindo a confiança que agente tinha um com outro, por que isso se voltar, vai ser com o tempo, vai ser difícil... :’(  E você sabe mais do que ninguém que se você realmente não fosse importante eu não estaria aqui, não mesmo. o meu orgulho JAMAIS ia permitir isso. eu sinto sua falta, eu não quero que agente siga em caminhos diferentes por que EU TE AMO ! 
, EU ERREI SIM, e to aqui te pedindo desculpas!, isso me machuca mais que tudo e você me conhece, meu caráter não é esse, não mesmo! Eu me arrependo e muito. Se for pra gente parar de se falar que seja de vez, sem indiretas. Eu só quero que você saiba que eu não queria nada disso, e que eu irei sentir sua falta até o ultimo dia da minha vida! 
E essa raiva que você ta sentindo, eu entendo, por que eu dei motivo pra ela surgir, mas e você, nunca errou ?nunca se arrependeu de ter feito coisas que nem você sabia explicar por que fez? só queria dizer que eu sinto sua falta Michel :S